Um dia, quando estava hospedada no Centro Histórico de Porto Alegre, comecei a sentir uma energia estranha nos meus dois pulsos. Não era algo físico, mas sim uma sensação de vazio. Eu havia me conectado com espíritos suicidas que estavam na região.
Aqui acho importante dizer que nem todo espírito suicida fica preso, muitos são socorridos logo após seu desencarne, mas isso depende de diversos fatores, desde seu apoio espiritual até sua própria abertura para receber ajuda.
No caso desses espíritos que socorri, eram de pessoas descrentes e desamparadas, que já não acreditavam em receber ajuda em vida, e assim tampouco acreditavam na ajuda após, motivo pela qual ficavam numa ilusão, presos na dor.
Foi feito um grande círculo de acolhimento desses irmãos pelos mentores espirituais de Luz. Muitos familiares vieram também auxiliar – alguns de gerações bem antigas – de forma a apoiar esses espíritos que tanto precisavam de ajuda. Ao final, a energia que reinava era de amor, muito amor.
A melhor forma de auxiliar um espírito suicida é pedir por ele. E aí entra a segunda parte, que é a abertura desse irmão para receber essa ajuda.
Da mesma forma como algumas pessoas não aceitaram ajuda em vida, por vezes demoram um pouco a aceitar depois que partem. Também por vezes esses espíritos estão presos em uma dor tão profunda, que ficam cegos às mãos estendidas. É preciso nesses casos aguardar. Mas sempre chega a hora do auxílio, ninguém fica para sempre desamparado.
E aqui cabe uma importante reflexão! Que vale para todos! O quanto vocês se permitem aceitar ajuda externa? A ajuda sempre existe. Mas por vezes nos fechamos ao mundo, acreditando que o mundo nos abandonou. Isso não é verdade. Da mesma forma que existe a dor, existe amor. Basta procurar nos lugares e nas pessoas certas. ✨?✨ Mirela Fioresy