Caros irmãos,

A humanidade clama por justiça com as próprias mãos, mas a justiça não se faz com as próprias mãos, a justiça se faz com o exemplo de conduta. A justiça se faz com o respeito às escolhas do próximo. A justiça se faz com a ausência de novos delitos. E a ausência de novos delitos só se faz presente quando a humanidade escolhe seguir o caminho do perdão e do bem.

A justiça divina não vê o que a justiça dos homens vê. Enquanto a justiça dos homens vê o fato presente e o incidente material causado pelo infrator, a justiça divina vê o dano moral pleno cometido contra o espírito a cujo mal foi infligido. E esta não prescreve, ao contrário da justiça dos homens, que é limitada em seu tempo.

A justiça divina buscará trazer a verdade e o equilíbrio das energias dissidentes desde o primeiro ato infligido contra o próximo até que a última vibração dissonante seja dissipada, mesmo que isso demande séculos ou milênios. O que importa é que a conta moral do espírito seja paga com o amor e a verdade. E o amor e a verdade somente são conseguidos a partir do aprendizado real e verdadeiro de todo o mal causado, para que não mais venha a se dar.

Toda a incidência de um mal contra o próximo gerará uma conta a ser paga. E esta, meus irmãos, em nada se relaciona com a justiça dos homens. A justiça dos homens pode ser um dos meios pelos quais a justiça divina opera e se faz perceber a fim de conduzir o ofensor ao aprendizado adequado. Mas não é o único meio. As Leis divinas são perfeitas e, em sua perfeição, proporcionam ao homem as condições ideais de aprendizado, conforme sua conduta e vibração dos pensamentos.

O homem atrai para si aquilo que vibra. Inclusive o que se chama de dor e sofrimento com os aprendizados. Afinal, o que conduz o homem à dor e ao sofrimento são os próprios pensamentos. Não existiria dor e sofrimento se não existisse o pessimismo e a não aceitação das situações pelas quais passa, se soubessem passar por elas com resiliência e exercendo o amor e o perdão.

Tudo na vida tem um propósito de existir, inclusive o aprendizado pelo amor, ou pela dor. Sendo que a dor é apenas reflexo da não aceitação do homem dos aprendizados que deverá passar. Para aprender pelo amor, basta aceitar as razões pelas quais tudo acontece e lutar para superá-las, com respeito a si mesmo e ao próximo, sem desrespeitar as Leis divinas que regem o universo.

Autor: Atanásio.
Local e Data: São Paulo, 07/11/2016
Canal: Fernando